Friday, April 10, 2009
Tuesday, December 04, 2007
ESTAMOS CONSTRUINDO UMA OBRA PARA DEUS.
Vista aérea (Imagem de Satélite) da propriedade da Igreja Presbiteriana Monte Moriah em São Luís, MA.
Vê-se em Azul a Estrada da Maioba.
Vê-se em azul mais escuro a configuração do terreno da Igreja (1.100 Mts²).
Vê-se em amarelo o caminho traçado que vai do retorno central do bairro Cohatrac até a propriedade da Igreja Moriah.
Monday, September 10, 2007
ANDANDO NO CAMINHO DA FÉ E SENDO ABENÇOADO.
Por
Rev. João d'Eça
(Esboço da Mensagem pregada no dia 09/09/07)
ANDANDO NO CAMINHO DA FÉ E SENDO ABENÇOADO
Gen. 24: 12-14 e 24-27
Introdução:
- Nenhuma pessoa alcançará as bênçãos do Senhor, se não se dispor a buscar em Deus.
- Abraão, obedecendo à ordem de Deus, de que o seu filho deveria casar-se com uma crente, enviou um empregado seu com a tarefa de encontrar esposa para o seu filho Isaque entre as crentes de sua família, que estava em outra terra.
- Abraão depositou absoluta confiança na Palavra de Deus em todas as coisas da sua vida.
- O empregado de Abraão demonstra um exemplo de fé e dignidade, que com certeza havia visto na vida de seu patrão. Ele recorre à Deus em oração (12-14), para que o Senhor dirija os seus passos no caminho certo que o levará à futura esposa do filho do seu senhor.
- O empregado de Abrão não tenta resolver as dificuldades que surgem com as suas próprias forças, nem depende da sorte, não ele confia em Deus. Com paciência, crê sem sombra de dúvida, que Deus lhe guiará na tarefa que tem de cumprir.
Destaque:
- Depois de ter certeza de que Deus lhe mostrara o caminho certo, encontra a moça, lhe dá os presentes que Abraão, seu senhor havia mandado, como pedido de noivado.
Os presentes:
- O servo de Abraão lhes deu os seguintes presentes:
Um “PENDENTE” de ouro puro de 6 gramas. (Pendente era uma espécie de argola para pendurar no nariz). Deu-lhe mais duas pulseiras de ouro com 120 gramas. Em valores de hoje, o presente foi de + ou – R$ 5.700,00 (Cinco mil e setecentos Reais).
Quais as implicações de andarmos nos caminhos de Deus?
1 – OBTEREMOS A ORIENTAÇÃO DIVINA.
Estar no caminho ordenado por Deus é sempre a melhor escolha;
O caminho do dever cumprido (Agradável sensação);
O Caminho da boa consciência (Que paz, que tranqüilidade)
O caminho onde o Senhor nos conduz passo a passo.
Quais as implicações de andarmos nos caminhos de Deus?
2 – NOSSAS ORAÇÕES SERÃO RESPONDIDAS (12-14).
Deus tem respondido as suas orações irmãos? Seu coração está totalmente voltado ao Senhor?
Se correspondermos aos princípios da Palavra de Deus, Ele a seu tempo, nos responderá as orações.
É preciso crer no valor da oração. É preciso crer que Deus responderá as nossas orações, quando a ele pedirmos orientação no caminho.
Você vê a mão de Deus na sua vida diária?
Quais as implicações de andarmos nos caminhos de Deus?
3 – RECEBEREMOS A ORIENTAÇÃO DE DEUS, DE CONSCIÊNCIA TRANQUILA(26).
Com plena segurança, não há dúvida quando se crer.
Mesmo que Satanás queira nos desviar do caminho, com:
- Dúvidas
- Problemas de família
- Falta de dinheiro
- Falta de Saúde
- Falta de amigos
Mesmo que as nossas forças estejam se esvaindo.
Assim como o servo de Abraão, vamos também declarar: “O Senhor me guiou” (27).
Conclusão:
- Quando a nossa confiança no Senhor é firme e a nossa fé não vacila, nós poderemos caminhar seguros, sabedores de que Deus, nosso Pai, nos fará bem sucedidos no nosso caminho.
- Obteremos como resultado final o agir de Deus em nosso favor, sem dúvida de que o Senhor tem o melhor pra nós.
Monday, September 03, 2007
O ENCONTRO DA MORTE COM A VIDA
Por
Rev. João d'Eça
Sermão pregado no domingo dia 02 de Setembro de 2007 na Igreja Presbiteriana Monte Moriah, pelo Rev. João d'Eça, com base no texto de Lucas 7: 11-17.
TEMA: O ENCONTRO DA MORTE COM A VIDA.
Introdução:
NAIM= No hebraico, “Deleite”, “Beleza”.
-Geografia:
Aos pés do monte Tabor, a um dia de viagem de Cafarnaum, à 10 Km de Nazaré e a 5 Km da cidade de Solem, o lugar onde morou a sunamita, quando Elizeu, lhe ressuscitou o filho.
Contexto de muitas curas:
- A cura de um homem com a mão ressequida, num sábado;
- A cura de muitos enfermos;
- A cura do servo de um Centurião;
Eventos paralelos:
- Além dos doze, uma multidão segue a Jesus.
- Uma multidão segue o cortejo fúnebre. 1 – O ENCONTRO ENTRE O CORTEJO DA MORTE E O DA VIDA
Contrastes:
- Jesus vai entrando na cidade, leva consigo a vida, o poder de transformar vidas, a escuridão em luz, as trevas em brilho, a vida marginalizada em exemplo de dignidade. Todo o seu ser transmite virtude, ânimo e fé.
- Em direção contrária, saindo da cidade, vem o cortejo da morte. Sombria, triste, cheio de lágrimas e de dor. O filho de uma viúva. Já abatida pela morte do marido, agora a dor mais cortante ainda de perder o único filho. A mulher caminha vagorosamente, chorosa, triste, lamenta e sente um medo cortante. Como iria sobreviver agora? Perdeu o marido sustendor. Agora perde o arrimo de família. Estará ela condenada ao abandono e ao desespero? A morte de um jovem, seja em que circunstâncias ocorrerem, é a negação da ordem natural das coisas, ou seja, os filhos levarão seus pais à sepultura, e não ao contrário.
2 – O ENCONTRO DA MORTE COM O SENHOR DA VIDA.
A Reação de Jesus:
- Não era o primeiro cortejo fúnebre que Jesus via.
- Aquele porém tinha algo de especial. Jesus olha aquela mulher, a dor nos seus olhos, a sinceridade dos seus sentimentos. Jesus olha pra ela e lembra-se do povo de Israel, da sua tristeza espiritual. Olha pra nós e diz como disse diante de Jerusalém: "Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te são enviados, quantas vezes quis eu reunir os seus filhos , como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo de suas asas, e vós não o quisestes!"(Mt 23.37)
- Jesus emocionou-se ao ver o cortejo da morte que saindo da cidade, caminhava em direção ao sepulcro ali perto.
- Muita gente ainda está assim: sem esperança, sem presente, sem futuro, a não ser que alguém faça alguma coisa.
- Jesus fez, Jesus interveio, ressuscitou o rapaz e devolveu-lhe à sua mãe. Ele não exigiu nada da mulher, somente agiu.
3 - O MILAGRE: O PODER SOBERANO SOBRE A VIDA E A MORTE.
- Jesus faz então uma declaração de vida, até então, jamais ouvida em Naim: “Jovem eu te mando, levanta-te”. Talvez você esteja assim, morto espiritualmente, mas Jesus lhe diz – Eu te mando filho meu, levanta-te da morte e viva. Viva a vida abundante, viva a vida plena.
- Olhos que choravam agora brilham, lábios que tremiam de tristeza, agora sorriem de indizível alegria, a dor do desespero, agora transforma-se em esperança, o medo transforma-se em coragem, e a morte é transformada em vida.
Paralelo com o Antigo testamento:
- Tanto Elias no AT como Jesus no Evangelho, realizaram a obra de Deus, realizaram um ato profético. A viúva de Serepta, em face do fato ocorrido, vê em Elias, um homem de Deus, por cuja boca o Senhor fala (I Rs. 17: 24). A multidão de Naim, reconhece em Jesus um grande profeta, por meio de quem, Deus visitou o seu povo (Lc 7: 16).
Conclusão:
- Jesus Cristo é o Filho de Deus, o Deus encarnado, o enviado dos céus para dar liberdade à alma cativa, aos cansados e oprimidos do diabo. Sua missão é fazer com que a misericórdia divina beneficie tida a humanidade.
- A presença de Cristo entre nós, foi a maneira mais plena pela qual Deus, pode manifestar o seu amor e visitar a humanidade.
- A ressurreição do menino foi o sinal de como a morte e a tristeza são superadas pela presença constante de Jesus nos corações das pessoas.
Aplicação:
- Assim como Jesus compadeceu-se daquela pobre viúva, ele do mesmo modo, compadece-se de nós e nos alivia o sofrimento. Transforma o nosso pranto em riso, nossa tristeza em alegria, nossa vida em vida eterna.
Monday, June 04, 2007
IGREJA PRESBITERIANA DE SÃO LUÍS - 121 ANOS.
Por
Rev. João d'Eça
A Igreja Presbiteriana Central de São Luís, está comemorando durante todo o mês de Junho de 2007, o seu Centésimo Vigésimo Primeiro aniversário de organização.
O Rev. Dr. George Battler, seu fundador, foi um grande evangelista, que através de sua profissão de médico, levava não só cura pra alma, mas também, cura para o espírito daqueles que ouviam a sua pregação Bíblica. O Rev. Ivan José, pastor da Igreja, convida a comunidade em geral para a programação de aniversário, com a seguinte agenda:
- Dia 10 de Junho - 18:00 Hs
Pregador: Rev. Luís Carlos Porto - Imperatriz - MA
- Dia 15 e 16 de Junho - 19:30 Hs e 17 de Junho 18:00 Hs
Pregador: Rev. José Herivaldo Bezerra - Caruarú - PE
- 23 de Junho - 19:30 Hs e 24 de Junho às 18:00 Hs
Pregdor: Norval Oliveira - Santa Inês - MA
- Dia 30 de Junho às 19:30 Hs e 01 de Julho 18:00 Hs
Pregador: Rev. Antônio Florêncio Alves Neto - Salvador - BA
Todos são convidados para participar dessa festa espiritual de agradecimento ao Todo-Poderoso e Soberano do Universo.
Friday, May 04, 2007
ABORTO, A ÉTICA DO CAÇADOR.
Por
Rubem Martins Amorese
"Às vezes não consigo entender certos conceitos de justiça e lealdade que surgem e se consolidam em setores de nossa sociedade. Digo setores porque há grupos muito específicos ligados a tipos específicos de preocupações. Vou dar um exemplo.
Tive um amigo que gostava muito de caçar. Desses desportistas fanáticos, que compram várias armas, assinam revistas, freqüentam clubes etc. Não sei como o assunto surgiu, mas, de repente, estávamos falando sobre a ética envolvida na caça, e eu perguntava:
— Que ética existe na caça por esporte?
— A gente tem regras — respondia ele.
— O animal sempre tem que ter uma chance de escapar.
— Mas como, regras?
— indaguei.
— Você está com um trabuco. E o passarinho, vai lhe enfrentar com o quê?
— Não, ele não vai me enfrentar; ele pode fugir
— respondeu o caçador.
— E esse assobio especial? Para que serve?
— Eu uso o assobio para chamar o pato. Quando ele atende, mando chumbo.
Fiquei muito irritado com o conceito de ética daquele rapaz. Acabei estragando a conversa, com a seguinte sugestão:
— Por que você não entra numa floresta, de noite, com dez facas nas mãos, e sai à caça de um tigre? Ele com dez unhas e você com dez facas. Sem assobios, trinados, nem nada. Não lhe parece mais justo?
E ele ficou me olhando com aquele olhar que diz: você está “apelando”.
De Volta ao Útero
Uma outra área onde a ética é bem específica, e bem consolidada dentro de um grupo, é a área do aborto. As pessoas favoráveis ao aborto formam um grupo sólido e grande; gente estudiosa e militante, politicamente falando. Gostam de se reunir, como os caçadores, e de falar e planejar atividades.
Aí está outro tema cuja ética não consigo entender. É uma espécie de campo minado, porque envolve muita emoção, e, em muitos casos, a própria vida da mãe. Por isso, quero lhe sugerir uma ótica específica; bíblica, em sua essência. A ótica do oprimido, da vítima. Coloque-se comigo no lugar da caça, digo, do nenezinho que vai nascer. Vamos visitar as grandes discussões sobre este tema, olhando a situação do lado do nenê. Você é o bebê. Vamos?
Primeira semana: o óvulo fecundado entra no útero da sua mãe. Uma nova vida começa a se desenvolver. Você já é um ser vivo! Não se sabe muito a respeito desse estágio de vida. Muitos teólogos acreditam que você já tem o espírito dado por Deus. Já é uma alminha vivente. Portanto, já é alvo da ternura paternal de Deus, e pode, já, começar a receber o amor de sua mãe e de seu pai, se eles pressentirem sua presença. Você pode, sem saber, estar sendo festejado com dança e com choro. Com champanhe ou com silêncio misterioso.
Segunda semana: Com apenas quatorze dias, já está umbilicalmente ligado à sua mãe e começa a receber alimento materno. Você está sendo nutrido por ela. Isso é muito forte para os dois. Uma relação vital, de profundas implicações psicológicas e emocionais se estabelece. Sua mãe, inclusive, pode estar experimentando sentimentos, sensações e uma consciência que de alguma forma se relacionam com o ato divino da criação. Imagine! Um entezinho sendo formado dentro dela! Pode ser que ela não esteja gostando disso. Mas ainda assim, a experiência é fortíssima e inesquecível.
Da primeira à quarta semana aparecem os seus olhos, sua coluna vertebral, seu cérebro, seus pulmões, o estômago, o fígado e os rins. Neste período, seu coraçãozinho começa a bater! Normalmente sua mãe ainda não sabe de você. Distraída, ela espera pela menstruação mensal. Mas se ela sabe, e vai ao médico, ele poderá sentir, por meio de instrumentos supersensíveis, o seu pulsar, e dizer se está tudo bem com você. Ao final deste período, sua cabeça já está em formação; o crânio já está completo; a espinha dorsal também, e os braços e pernas já começam a aparecer, ainda sem forma definida. Você já tem jeito de gente.
Quinta semana: o seu tórax e abdômen estão formados separadamente. Seus olhos já possuem retina e visão. Os ouvidos já estão formados. Agora você já tem os braços e pernas completos. Se sua mãe ainda não sabia, agora ela já começa a desconfiar que está grávida. A menstruação já atrasou demais. Aparecem os enjôos, as tonteiras, e você já ocupa o seu lugarzinho na sua barriga. Você já tem uns 35 dias de vida.
Da sexta à oitava semana, todos os seus órgãos aparecem. A cabeça se completa. O rosto, a boca e a língua são formados. O cérebro está completo. O que será que você anda pensando? Que grande mistério. Você já responde a cócegas. Você tem todos os dedos das mãos e dos pés — até mesmo impressões digitais, que serão as mesmas de quando você tiver 80 anos.
Da décima à décima-primeira semana, todos os sistemas do seu corpo são colocados em funcionamento. Os nervos e os músculos estão sincronizados. Os braços e as pernas movem-se. As unhas estão aparecendo. Você já possui um peso considerável.
Três meses: Você andou rápido. Já está prontinho, formado. Agora, você só tem que crescer. Mas o que você não sabe (será que não sabe? Será que sua proximidade da mãe não lhe permite “sentir” o que se passa no interior de sua mãe?) é que sua mãe e o médico, ou, quem sabe, uma parteira do bairro, já estão combinando como matá-lo. Discutem se será:
-pelo método de sucção, no qual você sairá aos pedacinhos;
-pelo método da curetagem, que o cortará em pedaços dentro da mãe, para depois ser tirado;
-pelo método cirúrgico, no qual você é retirado inteiro, para depois morrer, ou
-pelo envenenamento salino, quando uma solução salina é injetada na bolsa amniótica, e você morre cauterizado.
Pode ser por algum outro método. Todo dia alguém inventa um jeito novo.E eu fico me perguntando se a ética dessas decisões não são mais ou menos parecidas com a do caçador, que diz que dá chance de escapar à caça.
Balanço
Você sabia que este tipo de caçada:
-mata mais pessoas que o câncer;
-mata mais pessoas que todas as guerras até hoje;
-mata mais que o trânsito;
-mata entre 4 e 12 milhões de crianças por ano¹, dos quais 400 mil resultam em morte da mãe?
faz do Brasil o campeão mundial de abortos?
Caçador ou Predador?
Talvez seja leal da nossa parte informá-lo sobre os dramas e motivos de sua mãe, ao querer matá-lo. Aliás, ela diria que não está matando ninguém. Há uma diferença, entre abortar e matar. Abortar é, simplesmente, uma forma de se livrar de uma gravidez incômoda ou indesejada, ou de alto risco. O uso da expressão “matar” — argumentaria ela — é uma radicalização daqueles que são contra, por motivos religiosos, políticos, moralistas, filosóficos etc.
Então, eu pergunto a você, leitorzinho, que está aí dentro da barriga da mamãe: que nome você daria? Também acha que tudo se resume num problema de semântica? De nomenclatura? De palavreado? Com a palavra, o feto: você.
É de justiça, também, lembrar que nunca essas decisões são fáceis e indolores para sua mãe. Ela também enfrenta uma situação de grande angústia e sofrimento. Na grande maioria dos casos, carregará essa culpa pelo resto da vida. Talvez por isso, queira lhe dar essas explicações.
O primeiro motivo de sua mãe, pode ser o de que não tenha condições de criá-lo. Não tem condições econômicas. Uma mãe pobre, já no décimo filho. Você é o goleiro do time. E você vai morrer por isso. Qualquer dia desses, uma “amiga” da sua mãe virá visitá-la, com umas agulhas de costura bem compridas e outras ferramentas. ..
Pode ser que ela não tenha condições de criá-lo, também, porque engravidou jovem demais. Transou sem preservativo, ou, não se sabe porque, mesmo com ele, engravidou. Dez por cento das mulheres que engravidam, estavam “protegidas” por anticoncepcional2. De acordo com o IBGE, 1 milhão de garotas3 engravidam por ano no Brasil
Neste caso, você veio a estar nesta situação porque sua mãe é uma pessoa liberal, sem essas “encanações” dos mais velhos. Acha que essas histórias de virgindade, castidade, são coisas de matusalém. E seu pai concorda (para cada aborto no mundo, há um homem co-responsável). Sexo tem que ser livre. Contanto que haja amor. E assim entrou para a estatística das mais espertas e desencanadas adolescentes do ano. Competindo apenas com mais 999.999 colegas brasileiras. Um exército de garotas, acompanhadas por um exército de garotos, que acham que sabem muito bem o que estão fazendo. Por causa disto, você vai morrer. Infelizmente, ela não vai querer parar de brincar agora, tão cedo.” É muita responsabilidade para assumir agora: preciso viver, estudar, passear etc.”.
O segundo motivo que sua mãe poderá lhe apresentar, para ver se você a perdoa pelo que vai fazer, é que você, se chegasse a nascer, seria odiado. Você é resultado de um estupro. Neste caso, inclusive, a lei concorda com sua morte. O raciocínio é mais ou menos o seguinte: há casos em que o nascimento é pior que o aborto; e um deles, é ter que carregar, a vida toda, o peso de ser um peso. Ser rejeitado e não-amado desde a concepção. Você não teria um parto — seria simplesmente expelido. Se nascesse, você não teria o colinho da mamãe, nem seu leite, nem ouviria sua voz cantando cantigas de dormir. Seria visto como um monstro. Resultado de uma monstruosidade sofrida por sua mãe.
Você, que a estas alturas já tem o cérebro formado, pode estar se perguntando: mas por que ela tem que me rejeitar? Não poderia tentar me amar? Ao menos como um inimigo, conforme prescrevem as Escrituras? Ela não poderia, em resposta ao que sofreu, me dar a vida? Gostar de mim?
Meu irmãozinho, se você chegasse a nascer, compreenderia como é complicado o coração humano. Esse tipo de “volta por cima” que você está sugerindo só acontece por milagre. Algumas vezes acontece. Se sua mãe tiver aprendido alguma coisa sobre adoção, a adoção de Deus, o amor paternal dele, seu sacrifício na cruz, então, talvez você tenha alguma chance. Mas não espere muito por isso.
O terceiro motivo é bem mais sério (algum aqui não é?): sua mãe — e o médico — tem que escolher entre você e ela. Gravidez de risco. Se você nascer, ela pode morrer. E a probabilidade de que morram os dois é grande. Uma variante desse motivo é que você está sendo mal formado por problemas com sua mãe ou com a gravidez. Vai nascer com muitos problemas, se o pior não acontecer. E isso tem que ser resolvido agora, enquanto você está bem pequenino. A lei garante à sua mãe o direito de correr o risco de ir com você até o fim. Há casos em que crianças no seu estado nasceram saudáveis, e a mãe sobreviveu. Mas o que você sugere? Vamos tirá-lo? Acha que recusar-se a “cooperar” é muito egoísmo de sua parte?
Adeus, irmãozinho
Irmãozinho, agora que você já sabe porque vai morrer, o que acha da idéia? Que acha dos motivos apresentados por seus pais?
Certamente, estará se perguntando: — Será que eu também seria assim, se chegasse a nascer? Será que cresceria e teria essa cabeça doida? Esses valores tão confusos? Será que eu também tentaria convencer meu filhinho do injustificável? Será que eu também jogaria sobre ele todo o peso de uma sociedade que brinca com a vida — e com a morte? Será que valeria a pena nascer numa sociedade assim?
O fato, irmãozinho, é que essas coisas chegaram ao ponto em que estão, porque temos nos perdido nos caminhos da vida. Originalmente, Deus não nos fez assim. Mas isso não é de hoje. No Brasil, em particular, onde você foi concebido, somos campeões mundiais em muitas coisas. Se você nascesse, entenderia o que é ser um “tetra”. Mas saberia também que somos o povo mais esperto do mundo.
Para não fugir do nosso assunto — seu destino —, somos campeões mundiais da sensualidade. Nossas mulatas e “loirudas” fazem sucesso no mundo inteiro, mostrando esse seu “dom”. Nossos meios de comunicação de massa alardeiam a todos os ventos nossa irreverência e sensualidade como sedimentada identidade nacional. Estilo de vida, entende? Somos “quentes”, somos livres, somos ótimos. Venha para o Brasil. Aqui, tudo pode acontecer (abaixo do Equador e debaixo do cobertor). Quer vender um livro? Uma geladeira? Um amortecedor de carro? Coloca uma mulher bem sensual, insinuante, dessas bem brasileiras, que só dizem “sim” (incrível, que tantas mulheres aceitem ser vistas e tratadas assim, em plena luta por igualdade). Quer fazer um cinema encher? Diga que o filme é sensual e irreverente. Quer ser um cara simpático e legal? Diga que vive sob o signo descontraído e fálico do “Casseta e Planeta”. Todos vão dar um risinho “cult” e conivente. Você é impossível, mesmo.
Temos tido muita certeza sobre como conduzir nossas relações amorosas e sexuais; temos tido muita certeza sobre o que é “careta” e o que não é; estamos super-seguros sobre “o que é bom para mim e os outros que se danem”; sabemos tudo sobre o uso do nosso corpo — sem essa de promiscuidade; sabemos tudo sobre família, casamento, profissão, lazer, uso de dinheiro, bebidas etc. Sempre orientados e tutelados por uma mídia absolutamente sem limites, sem horários, sem vergonha, sem caráter e sem patriotismo.
Mas a quê nos tem levado toda essa displicente arrogância nacional? Bem, é uma longa história, irmãozinho; um dia a gente conversa sobre isso. Mas uma coisa podemos dizer. Este ano, novecentos e noventa e nove mil, novecentos e noventa e nove irmãozinhos seus vão ser assassinados por suas próprias mães. E o milionésimo, infelizmente, será você.
Notas
1 A incrível imprecisão dos números está relacionada ao fato de que são quase impossíveis as estatísticas a esse respeito. A grande maioria dos abortos é feita escondida, longe dos hospitais.
2 O Relatório de 1983 do Departamento de Saúde de Minnesota, EUA, diz que 48,8% das garotas entre 15 e 17 anos que tiveram abortos, sabiam sobre métodos anticoncepcionais e os usavam (irregularmente) . Outros 9,7% estavam usando anticoncepcionais quando engravidaram.
3 Entre 14 e 17 anos de idade."
*Rubem Martins Amorese é presbítero da Igreja Presbiteriana do Planalto e Consultor Legislativo do Senando Federal. Extraído do livro Excelentíssimos Senhores. Editora Ultimato.
Monday, April 02, 2007
24 HORAS DE ORAÇÃO - UPH.
Por
Rev. João d'Eça
A IGREJA PRESBITERIANA EM SÃO LUÍS, PROMOVERÁ NO PRÓXIMO DIA 21/04/07, O EVENTO "24 HORAS" DE ORAÇÃO.
O EVENTO É PROMOVIDO PELA UPH (UNIÃO PRESBITERIANA DE HOMENS) E AS IGREJAS DE SÃO LUÍS ESTARÃO PARTICIPANDO E PRINCIPALMENTE ORANDO PELA SITUAÇÃO DO NOSSO PAÍS.
ACONTECERÁ NO DIA 21/04, NA IGREJA PRESBITERIANA DO CRUZEIRO DO ANIL, NA AVENIDA JERÔNIMO DE ALBUQUERQUE NA COHAB.
O CULTO INICIARÁ AS 22:00 hS DE DIA 20 (SEXTA-FEIRA) E ENCERRARÁ AS 22:00 hS DO DIA 21 (SÁBADO).