Por
Rev. João d'Eça
Organizada como Congregação da Igreja Presbiteriana do Centenário, em 04/05/2002, a Igreja Presbiteriana Monte Moriah, foi Organizada nesta sexta-feira, 26 de Janeiro de 2007, pelo Presbitério Centro-Oeste do Maranhão (PCMA), como a mais nova Igreja do Sínodo do Maranhão (SMA).
Foram eleitos e ordenados dois presbíteros e dois diáconos: Pb. Elias Feitosa Neto e Pb. Rodrigo Antônio Palhano e os diácons, Israel dos Santos Jr. e Rafael Palhano. O Rev. João d'Eça foi empossado como pastor-Evangelista da nóvel Igreja. A Igreja foi organizada com 39 membros, sendo que destes, 22 são comungantes, 04 serão batizados no próximo domingo 28/01 e o restante são membros não-comungantes.
Aqui você pode ler o histórico da nova Igreja desde o seu nascedouro. Escrito por CLÁUDIO JOSÉ CARMO e pelo Rev. João d'Eça, a história baseia-se em entrevistas com pessoas que presenciaram o início da Congregação e pela vivência dos fatos por parte dos narradores. Vamos à história:
Histórico do trabalho da Congregação Presbiteriana Moriah na
Trizidela, Zona Rural da Cidade.
Por volta dos anos 40 e 50, quando a Ilha de São Luís ainda gozava a fama de Atenas Brasileira, o evangelho não tinha a penetração de um modo tão marcante como hoje. O evangelismo restringia-se a pequenos espaços, onde a abnegação tornava-se o fator preponderante.
Neste contexto, nascia no coração do Rev. Benedito Guimarães Aguiar - um dos maiores evangelistas da história recente da igreja Presbiteriana no Maranhão - a necessidade de abrir um trabalho na localidade Trizidela na Maioba do Genipapeiro. A congregação no início foi de uma Escola Biblíca rural, onde eram designadas pessoas específicas para tomar conta, onde podemos citar: D. Marcelina e Damião, Petronilio, Pb. Castro e Silva e tantos outros. As dificuldades eram muitas, até para se chegar ao local da congregação, que funcionava no mesmo terreno atual. Muitos cooperadores da obra, saiam do centro da cidade ou proximidades, desciam no Bairro do Anil — ponto final dos bondes e do limite da cidade naquele tempo, andavam até a localidade Forquilha, daí subiam nos famosos carros de Boi guiados pelo sr. Petronilio , para enfim chegarem ao destino. Nada, porém, os desanimou, pelo contrário a chama do Ide de Jesus, ardia no coração de todos.
O tempo foi passando, o Pastor Benedito Aguiar e os cooperadores faleceram, abrindo uma grande lacuna, inclusive no trabalho que infelizmente parou por alguns anos. Mas como sempre, a seara do Senhor não sofre solução de continuidade, Deus levantou outras pessoas para continuar. Nos idos da década de 60 e 70 os missionários Donald, Miss Rose, Franklin, Davi e família e Francisco Carmo, reacenderam a chama que não estava totalmente apagada, e deram novo impulso à obra. Foi erguido um salão para os trabalhos, cujos alicerces até pouco tempo ainda eram vistos. Em 29 de Novembro de 1968, na gestão do Rev. Orlando Lopes de Morais, tem-se outra vitória, consegue-se a escritura do terreno.
O trabalho passava por instabilidades, por vezes bem animado, por vezes fraco. Contava-se com a cooperação dos segintes irmãos: D. Adi, D.Tereza, irmão Manuel Gomes, D. Celeste, todos, membros da Igreja Presbiteriana do Cruzeiro do Anil, por ficar mais próximo da jurisdição da Igreja. Pastores também figuraram nesta época como colaboradores, onde podemos citar: Rev.Orlando Lopes de Morais e Rev. Faustino dos Santos. Apesar de estabelecido, os moradores crentes do local, sentiam a necessidade da afirmação definitiva da obra de um modo mais sistemático e organizado.
A grande virada estabeleceu-se, quando a irmã D. Maria dos Remédios - a incansável lutadora pelo trabalho na Trizidela desde o seu início, quando ela ainda era bem jovem, juntou-se à sua filha Dilzanira e às sras. Ângela, Valéria e Patrícia, tomaram para si a responsabilidade de levar adiante a Congregação. Com afinco e muita dedicação, a irmã Maria dos Remédios, demonstrou sempre muito amor pela obra e sempre deu um tratamento especial a este trabalho. Com o estabelecimento da Igreja Presbiteriana do Centenário, o trabalho da Trizidela passou a ser responsabilidade da IPC, inclusive por ficar sob sua jurisdição. Os pastores da igreja davam apoio à Congregação, mas somente no dia 24/04/98, o então Pr. Ilmar Almeida, oficializava um dirigente específico, o irmão Carlos, que passou a comandar de modo sistemático o trabalho. As reuniões regulares eram na residência da Sra. Dilzanira Carvalho Viana ( DIlza ), que juntamente com seus familiares apoiavam integralmente o trabalho.
Assumindo o pastorado da Igreja do Centenário, o Pr. José Batista da Hora traçou vários planos, inclusive para o trabalho da Trizidela, demonstrando total apoio e promessa de incrementar o trabalho de uma vez por todas e erigir um Templo para a futura Congregação. Promessa feita, promessa cumprida. Em Dezembro de 2000, começava a construção, propriamente dita. Logo no começo de 2001, ainda em janeiro, traçando metas para o ano, o pastor José da Hora, lançava o desafio a todos, de fazer cumprir a finalização Templo da futura Congregação. Através de muita oração e ajuda efetiva da igreja-mãe em todos os sentidos. Com campanhas das mais diversas, conseguimos realizar o feito, tendo também a concreta participação do Conselho local, que de todas as formas priorizou a obra. Finalmente no dia 04 de Maio de 2002, às 20h , O templo da Congregação Moriah é Inaugurado. Nascia assim mais uma congregação Presbiteriana. O culto contou com a participação de muitos Pastores do Presbitério local e outros convidados, tendo sido o pregador da noite o Rev. José Batista da Hora.
O trabalho foi dirigido por algum tempo, pelo presbítero Orlando Santana, (hoje Rev. Orlando), tinha funcionamento regular todos os sábados às 20h, e também com o apoio do seminarista Cláudio Castelo Branco como colaborador efetivo. Por algum tempo a missionária Zilda Mattos muito ajudou, implementando um trabalho com as crianças, deixando frutos e a porta aberta para este tipo de iniciativa.
Logo após a sua chegada na IPC em 2001, o então Bel. João d’Eça, foi designado pelo Conselho para trabalhar na Congregação e juntamente com o Sem. Cláudio Castelo Branco desenvolveu um trabalho de firmar os que ali já se encontravam e evangelizar os que ainda não haviam sido alcançados. Havendo necessidade do Bel. João d’Eça, em voltar para a Igreja, para auxiliar mais diretamente na IPC, o Conselho designou para a Congregação, o Pb. Antônio Aires e sua esposa Elza, que juntos com o sem. Cláudio Castelo Branco, deram continuidade à obra, no restante daquele ano.
Em 2003, o Bel. João d’Eça e sua esposa irmã Ilanajara d’Eça, foram enviados em definitivo para a Congregação e após a sua Ordenação ao Sagrado Ministério, ficou como pastor auxiliar da IPC, designado pelo Conselho para trabalhar definitivamente na Congregação.
No dia 06 de Abril de 2004, a IPC firmou um contrato de parceria com o PLANO MISSIONÁRIO COOPERATIVO (PMC), da IPB, para viabilizar recursos, manter o pastor João d’Eça e organizar a Congregação em Igreja, assim que a mesma alcançasse meios de sobreviver sozinha. O Convênio com o PMC foi de três anos, onde no primeiro ano a paridade era de 50% para ambas as partes. No segundo ano, a IPC entraria com 60% e o PMC com 40%. No terceiro e último ano, a IPC entraria com 63,69% e o PMC, com 36,31%, assim a Igreja pôde viabilizar o projeto de Organização de uma nova Igreja.
O Rev. João d’Eça trabalhou incansavelmente na Congregação no sentido de firmar os novos convertidos e alcançar outros com a pregação do evangelho e o ensino, para isso acontecer, foi fundamental a participação do Pb. Elias Feitosa Neto que desde o início deu a sua parcela de contribuição, inclusive assumindo a EBD em todos esses anos e ajudando o Rev. João d’Eça com a sua experiência e dedicação. Logo depois veio o Seminarista Israel Serra dos Santos Júnior para ajudar na Congregação, adquirir experiência de campo ficando sob a tutela do Rev. João d’Eça. Também o Conselho da IPC nas pessoas dos presbíteros, Antônio Reis Aires, Rodrigo Antônio Palhano, Romilton Arruda, Carlos Magno Fonseca, Orlando Santana e Ronaldo Lisboa, que entenderam ser melhor, ensinar a Congregação, futura Igreja, a funcionar como tal, preferindo deixar o trabalho fluir normalmente.
Na estruturação do trabalho, visando a consolidação, o Rev. João d’Eça levou os irmãos a entenderem a necessidade de se comprar o terreno ao lado e de se montar uma melhor estrutura para a Congregação com novas salas de aulas, banheiros, salão anexo, depto. Infantil, pisos, ventiladores, instrumentos de luz e de som. A maior parte disso tudo foi feito, apesar dos parcos recursos da Congregação. Foi posto um novo piso de qualidade, foram colocados novos ventiladores, foram feitos dois novos banheiros, foi murado o terreno no fundo e a mais significativa de todas as realizações, foi a compra do terreno ao lado, por inteira providência de Deus, pela fé pudemos comprá-lo, sem termos o dinheiro para a compra.
Hoje, começa a se realizar a outra parte do nosso sonho, a organização da IGREJA PRESBITERIANA MONTE MORIAH, nome esse dado pela irmã Maria dos Remédios Carvalho, que numa alusão ao episódio de Abraão e seu filho Isaque no alto do Monte Moriah, quando o menino disse ao seu pai: “...Eis o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto? Respondeu Abraão: Deus Proverá...” (Gn. 22: 7, 8). Assim foi e é na Moriah, Deus sempre supriu e sempre Proverá o suprimento, o crescimento, a consolidação, os recursos. Deus é o nosso Provedor, é nEle que confiamos.
Como finalização, gostaria de ressalvar que alguns dados, nomes de colaboradores, pessoas que por aqui passaram, fatos e acontecimentos, infelizmente se perderam no tempo, alguns inclusive cronológicos, que dariam mais substância ao texto. Com relação aos nomes de pessoas esquecidas, assim como está escrito em Hebreus capítulo 11, Deus lembra-se deles, são os heróis da fé, pessoas que receberam e receberão a recompensa celestial por tudo o que fizeram. Infelizmente têm-se apenas dados testemunhais, nada escrito, deixando de fora talvez, pessoas e fatos importantes de citar. Em agradecimento a irmã, D. Maria dos Remédios, que narrou muitos dos fatos sendo inclusive testemunha ocular na maioria deles. A irmã, D. Jacy Carmo , ajudando a relatar algumas trajetórias do trabalho e fatos e nossa querida irmã Maria José (Mazé) de saudosa memória, uma lutadora, para que tudo isso hoje acontecesse.
Fica a certeza, depois de tudo exposto, da presença constante de Deus, nosso Senhor em tudo abençoando, levantando pessoas, suprindo as necessidades e acima de tudo confirmando, “que no Senhor o nosso trabalho não é vão” (I Cor. 15:58).
”Ebenézer, até aqui nos aiudou o Senhor!” (I Sm. 7: 12).