Thursday, February 22, 2007

O PASTOR E A VISITAÇÃO.


Por
Rev. João d'Eça
Introdução:
A visitação pastoral é uma das partes mais importantes do ministério. É através da visitação que o pastor chega perto dos membros da igreja que pastoreia, conhece seus problemas e se apresenta como um amigo nas horas mais difíceis pelas quais as pessoas passam.
Estamos dando orientações práticas sobre alguns temas, desde algumas postagens anteriores. Agora vamos tentar ver como o pastor deve visitar nos mais diferentes casos:
COMO VISITAR ENLUTADOS.
Pessoas enlutadas também sentem-se agradecidas e contentes, apesar dos pesdares, quando são visitadas. Sentem que são queridas, que o seu ente querido falecido era querido e sentem conforto com as nossas visitas. Nas visitas que fazemos é sempre bom ter textos bíblicos para compartilhar. Eis alguns: João 14: 18-27 e II Coríntios 5: 1-8.
COMO VISITAR PESSOAS DOENTES.
Os doentes sempre precisam de visitas, eles se sentem mais apoiados e mais confortáveis quando são visitados. É preciso porém, saber qual é o tipo da doença, pois nem todas as doenças favorecem uma visita, em contrário, há doenças que até podem trazer sérios problemas para os visitadores, por esta razão, deve-se evitar visitar pessoas com doêncas contagiosas. Também não é aconselhável visitar um doente logo depois de operado. Eu tive a experiência de visitar uma irmã logo após a sua operação (eu não sabia que ela havia sido operada a poucos minutos), quando cheguei ao apartamento no hospital, ela ainda estava sob o efeito da anestesia, eu conversei com ela, ela respondeu com dificuldade, mas depois de recuperada, não lembrou de absolutamente nada, nem que eu estive ali.
Não devemos também passar muito tempo na visita, dez minutos é suficiente, não se deve também sentar na cama do doente para que não o incomode. Não devemos também mostrar uma cara amarrada. A visita deve ser breve, leia um versículo, faça uma breve oração e pronto.
É bom lembrar que não é aconselhável despedidas, segurando a mão do doente.
COMO VISITAR OS FALTOSOS.
Existem pessoas que estão faltando aos cultos, nem tanto por relaxamento, mas por situações que eles não podem controlar, um emprego em escala de horário, por exemplo. Pode ser também pessoas idosas, que não tem como se locomover até ao templo, eles se sentirão muito felizes se são visitados, não podem ir até a igreja, mas parte da igreja vai até eles. Para elas é de alvitre ler Salmo 41:11; 55:22 e 91: 1-4.
COMO VISITAR NOVOS CONVERTIDOS.
Todo novo convertido precisa se sentir aceito e apreciam a amizade que lhes demonstramos. Nas visitas é importante falarmos sobre os horários das reuniões da igreja e reforcemos a certeza de que aquele que está em Cristo, está salvo para sempre. Leiamos versículos como: João 1:12; João 5: 24; Atos 16: 15 e Romanos 8: 1.
COMO VISITAR NECESSITADOS.
São aquelas pessoas carentes, que geralmente precisam de ajuda financeira ou de cestas básicas para o seu sustento. Podemos levar algum alimento dizendo que é um presente nosso ou da igreja. Este ato é por o evangelho em prática.
COMO VISITAR INCRÉDULOS.
Esta é a parte mais difícil da visitação, principalmente quando o incrédulo é daqueles questionadores ou debochados. Se na casa há pessoas crentes, pode ser que fique mais fácil.
É bom pedir permissão para qualquer coisa que vá se fazer, até mesmo para ler a Bíblia, é preciso permissão do dono da casa. Os versos que podem ser lidos são aqueles que não ofendem a fé de ninguém ou o modo como elas creêm, mas que sejam incisivos e fortes, por exemplo: Atos 4: 12 e João 17: 3. Explique o versículo, faça uma oração pela família, despeça-se a saia.
Não é preciso dizer que o crente não deve ser motivo de discórdias ou de constrangimentos, mas uma pessoa semeadora da paz e do temos a Deus.

Monday, February 19, 2007

HOMILÉTICA BÍBLICA.


Por
Rev. João d'Eça
ELABORANDO ESBOÇOS DE SERMÕES.

INTRODUÇÃO:

Muitos pregadores tem dificuldades em elaborar os esboços dos sermões que eles pregam, outros sabem fazer esboços muito bem feitos, mas tem dificuldades em elaborar o conteúdo, outros ainda elaboram o conteúdo de maneira primorosa, mas não sabem fazer o esboço e dividir os seus sermões, apesar de bons pregadores.

Os esboços de SERMÕES não precisam ser de uma forma rígida, isso vai de pregador para pregador. Podem variar muito, dou aqui algumas dicas que podem servir como base para sua elaboração. A estrutura do esboço é a mesma da pregação. O esboço será então um roteiro para o pregador não se perder durante a pregação, ou mesmo para não se esquecer dos pontos mais importantes da mensagem. Em outras palavras, é um mapa com alguns pontos de referência.
Todo Sermão terá os seguintes pontos principais:
1- Tema
2- Texto básico
3- Introdução
4- Tópico 1 (podendo-se acrescentar sub-tópicos).
5- Tópico 2 (Podendo-se acrescentar sub-tópicos).
6- Tópico 3 (podendo-se acrescentar sub-tópicos)-
Ilustração – Dizem que as vezes ela salva o sermão. Pode ser aplicada no momento apropriado.
7- Conclusão.

Vamos analisar cada parte:
Tema da mensagem - É o titulo do assunto a ser tratado, Geralmente é sempre bom acrescentar um verbo forte. O Tema é o “nome da mensagem”. É bom anunciar o título antes de iniciar a mensagem, por exemplo, depois de se ler o texto básico. É bom para se ter um rumo determinado na mensagem e também facilitar depois a escolha de um esboço entre muitos que se tem guardado. Quem vai pregar deve ter claro o assunto que vai ser tratado. Não basta escolher um versículo e subir ao púlpito. Isso pode até acontecer; e Deus pode usar, mas não deve ser a regra. Pode ser que o pregador comece a falar sobre um assunto e dali mude para outro e para outro, e, no fim, não passou nada de consistente (encheu lingüiça, pregou um sermão de três pontos: 1. ENTROU NO TEXTO, 2. SAIU DO TEXTO E 3. NUNCA MAIS VOLTOU AO TEXTO).
Texto base: Toda pregação precisa ter um texto bíblico como base, pois a Bíblia é a base para toda pregação. Deve-se evitar pregar-se com base em outro texto que não a Bíblia, apesar de ser possível é desaconselhável. A Bíblia é o fundamento que vai dar autoridade a toda mensagem. Normalmente, o texto é pequeno: 1 versículo, 2, ou 3. Raramente deve-se utilizar um capitulo todo. Só quando o capitulo estiver todo relacionado ao mesmo assunto. Se eu for falar sobre a oração do Pai Nosso, não preciso ler todo o capitulo 6 de Mateus. "Fiel é esta palavra e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal."
A Introdução: É o início da pregação. Geralmente os pregadores começam por ai, mas o certo é terminar o esboço por ai. A introdução deve ser o último elemento a ser feito, seja num livro, num escrito ou num Sermão. Como a introdução põe o ouvinte dentro daquilo que será falado, o pregador deve primeiro saber o que vai falar, para depois falar aquilo que esboçou, por isso a introdução deve ser a última coisa a ser feita. Eis algumas maneiras de se começar um sermão, por exemplo: "Nesta noite, eu gostaria de compartilhar com os irmãos a respeito do assunto tal..." ou "No texto que acabamos de ler, temos as palavras de Paulo a respeito de..."
Para muitas pessoas, a primeira frase é a mais difícil. Apesar de muitas alternativas, o ideal é que a introdução seja algo que prenda logo a atenção dos ouvintes, despertando-lhes o interesse para todo o restante da mensagem. Pode-se então começar com uma ilustração, um relato interessante sobre algo que esteja relacionado com o assunto da pregação. Um outro recurso muito bom é começar com uma pergunta para o auditório, cuja resposta será dada pelo pregador durante a mensagem. Se for uma pergunta interessante, a atenção do povo estará garantida até o final da pregação.
Os Pontos da Mensagem- Os tópicos são as divisões lógicas do assunto, ou a divisão mais lógica possível. A divisão em três pontos é aconselhável por ser um número pequeno, de modo que o povo tenha facilidade de acompanhar o raciocínio do pregador, sem perder o “fio da meada”.

Eu por exemplo, gosto de repetir o ponto que foi pregado como reforço e como transição para o segundo e depois o primeiro e o segundo como transição para o terceiro. No final, recordo os pontos como reforço para fixação dos ouvintes.Podemos até mudar esse número, quatro, cinco, seis pontos ou mais, mas o resultado pode ser uma mensagem complexa. Os tópicos devem ser organizados numa ordem que demonstre o desenvolvimento natural do tema, de modo que os ouvintes vão sendo levados a compreender gradualmente o assunto até a conclusão.
Ilustrações - Ilustrações são ditados, provérbios (não necessariamente os de Salomão) ou pequenas histórias e estórias que exemplificam o assunto da mensagem ou reforçam sua importância. Como alguém já disse, as ilustrações são as "janelas" do sermão. Por elas entra a luz, que faz com que a mensagem se torne mais clara, mais compreensível. Muitas vezes, os argumentos que usamos podem ser difíceis, ou obscuros, mas, quando colocamos uma ilustração, tudo se torna mais fácil para o ouvinte. Uma coisa importantíssima, o pregador deve dizer que a ilustração é uma ILUSTRAÇÃO, para não ser pego contando mentiras ou dizendo coisas como se ele fosse o protagonista.

Pode ser que, na segunda-feira, os irmãos não se lembrem de muita coisa do sermão de domingo, mas será bem mais fácil lembrar das ilustrações, dos casos contados como exemplo, e, juntamente com essa lembrança, será também lembrado um importante ensinamento. Como dissemos, ilustração é luz, e luz demais pode ofuscar a visão.
Conclusão - A conclusão será o ápice da mensagem, o fechamento. Não basta fazer como aquele pregador que disse: "Pronto! Terminei."
A conclusão é a idéia ou conjunto de idéias construídas a partir dos argumentos apresentados no decorrer da mensagem. Nesse momento pode-se fazer uma rápida citação dos tópicos, dando-lhes uma "amarração" final.
Nessa parte, normalmente se convida para o posicionamento dos ouvintes em relação ao tema. O pregador incentiva as pessoas a tomarem determinada decisão em relação ao assunto pregado.
Depois desse incentivo, dessa proposta, o assunto está encerrado e pode-se fazer o convite ao pecador, se for o caso, e/ou uma oração final.

Wednesday, February 14, 2007

NADA SUBSTITUI UM BOM LIVRO - COMO APROVEITAR O ESTUDO?


Por
Rev. João d'Eça.
Na era da Internet muitas pessoas deixaram de ler o velho e bom livro, para ficar navegando por páginas infinitas dentro da grande rede. Porém, para a maioria das pessoas o livro continua sendo o companheiro de todas as horas, o amigo que instrui, que ensina, que abre horizontes de compreensão e entendimento. O livro nunca deixaará de ter o seu valor. Nada melhor do que ler um bom livro durante as manhãs, nas primeiras horas do dia, após um delicioso café da manhã, ou de tarde, no crepúsculo, sentado na sombra, ou mesmo de noite, próximo a uma lâmpada ou uma luz que se permita viajar nas asas da imaginação promovida pela leitura.
Nessa postagem, pretendo passar aos meus leitores uma fórmula de como fazer uma leitura ou um estudo individual mais proveitoso.
O nosso tempo tem se escaceado à medida que o tempo avança. Até a algum tempo atrás, não tinhamos os supermercados e as lojas abertas aos domingos, geralmente esse dia era todo especial para a família e as pessoas aproveitavam para descansar e todos iam à Igreja. Hoje porém, não há mais diferença entre início, meio e fim de semana; creio que ficou pior e vida deixou de ter qualidade.
Voltando à leitura e ao estudo individual, constatamos que às vezes lemos um livro e depois não somos capazes de sintetizá-lo ou de esboçá-lo com as nossas próprias palavras.
Como aproveitar ao máximo uma leitura? É isso que tentaremos passar a você aqui. Vejamsos:
1 - O LIVRO ESCOLHIDO.
Nunca devemos simplesmente ler um livro porque ele tem uma bonita capa, porque alguém o recomendou ou porque é barato, ou ainda porque nós gostaríamos de ser intelectuais. Devemos saber exatamente do que estamos precisando. A primeira coisa que devemos fazer é analisar o título, saber quem é o autor, qual a editora que o publicou e outros detalhes que o próprio livro revela. Apesar de não parecer, essas primeiras leituras são muito importantes.
2 - EM QUE LOCAL ESTUDAR.
Em uma biblioteca por exemplo, não é permitido conversar, lá, o silêncio é imposto para que haja maior proveito na leitura. A razão de ser é simples: ninguém pode ter proveito em um estudo ou em uma leitura, se há no ambiente onde estamos, barulho paralelo. O silêncio é um fator primordial na leitura e no aproveitamento do estudo. O local onde estudamos é fundamental, se é arejado limpo e silencioso, tendemos a ter um aproveitamento significativo.
3 - O APROVEITAMENTO DA LEITURA.
É preciso calma para a leitura, não há como aproveitar, uma leitura feita às pressas. Todos nós sabemos que a pressa é inimiga do trabalho pefeito. Qualquer leitura rápida pode vir a ser muito prejudicial ao aprendizado. É necessário que tenhamos a sabedoria de parar quando nos sentirmos cansados, relaxar e voltar a ler de modo compassado e calmo. É aquilo que nos Salmos está descrito como Selá (Pausa), geralmente era feita para a meditação. Depois de parar, volte a leitura outra vez.
4 - A IMPORTÂNCIA DAS ANOTAÇÕES.
É sempre bom usar um método de anotações, pode ser um marcador de texto ou uma caderneta ou caderno que será usado para fazer anotações. É como um estudante trabalhando na sua monografia de final de curso, que tem de preparar as fichas com as anotações para rechear o seu texto. As anotações são o resumo do leitor, ajuda fixar e ainda se constitui num fácil acervo de consulta e revisão. Para o pregador que estuda para pregar, é recomendável que use o sistema de anotações em fichas de resumo, pois elas facilitam a recapitulação da matéria.
5 - E A PESQUISA TÉCNICA E CIENTÍFICA?
Para os que vão fazer um trabalho de pesquisa, é bom observar o seguinte:
a) O cerne do Trabalho - Qual o trabalho que temos a realizar? Quais são os nossos objetivos principais? O que queremos com esse trabalho? As perguntas "o que?", "quando?", "onde?", "quem?". São as principais perguntas que devem ser levadas em consideração.
b) Colher os Dados - Colher material para a realização do trabalho. A reunião de livros, revistas de todo material que se relacionem ao assunto que será trabalhado.
c) A Seleção do Material - É o trabalho imediatamente posterior à Coleta de Dados. Todo o material deve ser guardado para futuras consultas.
d) O Esqueleto - É o esboço prévio do trabalho, ele é norteador do que será trabalhado. Através do esboço, o trabalho será facilitado, pois ali estará o rumo a ser seguido.
Concluimos dizendo que esses pontos são de grande valia. Se empregados esses métodos, o pesquisador e o leitor, serão bem sucedidos no seu trabalho.

Friday, February 09, 2007

ENTENDA O QUE ESTÁ POR TRÁS DO TERRORISMO SUICIDA.


Por
Rev. João d'Eça
Nós os ocidentais não entendemos bem o que é a Jihad atual e como e onde ela surgiu, quem a patrocina e quais os aspectos políticos e religiosos que estão por trás disso tudo.
A questão é: porque que eles se matam entre si, matam os outros e ainda acham que vão para o paraiso? Matar não é expressamente proibido do Alcorão? Na verdade é! A palavra "inferno" aparece por 97 vezes no Corão e a proibição para se matar um muçulmano está no capítulo "A Mulher" (4:93) e diz: "E para qualquer um que matar um crente (muçulmano) intencionalmente, sua punição será o inferno; ele vai morar lá, e Deus vai enviar sua ira sobre ele e amaldiçoá-lo, e preparar para ele uma dolorosa punição".
Note que "qualquer um" se refere a crentes e infiéis indistintamente. Esse verso também é claro quanto à isenção de culpa em acidentes, mas não em sentenças de morte. Mais adiante temos (4:115) – "E qualquer um que agir de forma hostil ao profeta depois da orientação (crença no deus único e no profeta) se manifestar nele, e seguir outro caminho diferente do dos crentes, nós (os crentes) vamos torná-lo no que ele tornou a si mesmo (infiel) e vamos fazê-lo entrar no inferno, um lugar de encontro do mal". Bom, a partir desses dois versos revelados a Maomé, foi criada uma ideologia chamada salafi (ou salafismo) e seu prolongamento mórbido, takfiri (ou Takfirismo). A transliteração (não a tradução) das diversas formas do árabe para línguas latinas ou européias é confusa, como a do hebraico, gerando várias formas incorretas. A palavra na qual todos precisam ficar ligados é "kafir" Ou "kufar", que significa "infiel". Ela apareceu muito nos cartazes contra os cartuns de Maomé. Ou seja, dentro do islã existem muçulmanos e kafiris. Você já deve ter percebido onde vou chegar. Takfiri é aquele que determina que fulano de tal é um kafir. Entendeu?
Existe um tipo de muçulmano, que baseado em 4:115 e em alguns outros versos, atribui o caráter de "infiel" de "descrente" a outro muçulmano. Takfiris acabam sendo clérigos sem formação teológica, auto-nomeados em suas próprias seitas e interpretam as ações de outros muçulmanos como sendo contra ou a favor do profeta ou de deus. Vamos a alguns exemplos. Policiais iraquianos colaboram com americanos: são determinados como infiéis. Civis vendem mercadorias e não fazem greves ou não apóiam a resistência iraquiana: são infiéis. Mulheres muçulmanas andam com rosto descoberto: são infiéis. Governantes e líderes políticos fazem ou tentam fazer acordos com ocidentais: são infiéis. Príncipes e outros membros de famílias reais tem fortes laços comerciais com ocidentais: são infiéis. E por aí vai.
Para um membro de seita takfiri a possibilidade de denominar outros como infiéis é enorme e irrestrita. Qualquer muçulmano pode ser "transformado" em infiel à revelia enquanto vivo. Aliás, os infiéis só possuem o direito de morrer e ir para o inferno.
Mas foram os muçulmanos que criaram esse sistema? Não. Isso é coisa da Igreja Católica Romana e começou na Primeira Cruzada, se estendendo até a última, feita pelo exército português no Norte da África. Há o Mandamento de "não matarás" (mais corretamente – não assassinarás) que acompanha os Cruzados, além de todos os pecados como: roubo, saque, estupro, tortura etc. Como então, em nome de Deus, tais exércitos também ignoraram os mandamentos da religião pela qual lutavam? Havia um documento chamado de "Bula Papal", onde o Papa da vez absolvia por antecedência todos os pecados que viessem a ser cometidos pelos Cruzados enquanto em missão pela Igreja. Isso é muito bem documentado. É o takfirismo ao contrário.
"Meu líder religioso me absolveu de todos os pecados que eu vier a cometer, portanto posso cometê-los sem receio de ir ao inferno ou morrer sem ser absolvido. Meu líder religioso determinou que aquelas pessoas as quais eu vou matar não são mais muçulmanas, são infiéis, são kafiris e pela minha religião tenho o dever de levá-las ao inferno".
No Brasil, a maioria das mesquitas que surgiram nos últimos 10 a 15 anos são regidas por salafis, o xeque que nelas opera é salafi, e boa parte das pessoas que as freqüenta, se já não são salafis, estão sujeitas à pesada propaganda e às pressões ideológicas, políticas e religiosas dos adeptos do salafismo. O que isto quer dizer? Quer dizer que mesmo aqui no Brasil, os muçulmanos que não se dobrem à mentalidade salafi, sejam eles simples fiéis de outros ritos ortodoxos ou praticantes do sufismo, poderão ser perseguidos, caluniados, excluídos do ensino muçulmano e das outras atividades e eventos da comunidade, afastados das mesquitas, e nos casos mais extremos até vítimas de agressões verbais e físicas, como já acontece em outros países.
Isto quer dizer também que pode haver no Brasil um número indefinido de pessoas ligadas ao setor mais extremista do salafismo, o takfirismo, que apóiam ativamente os movimentos extremistas e terroristas na Palestina e no Líbano (Hamas, Hezbollah, Jihad Islâmica Palestina) e até a al-Qaeda, como demonstra a estadia no Brasil em 1995 dos membros da cúpula terrorista, Osama bin Laden e Khalid Shaikh Mohammed.
Este apoio pode ir desde angariar fundos, até selecionar, recrutar e formar jovens para a luta armada, esconder e abrigar terroristas procurados, ou por fim fornecer material e locais para treinamento. Vários grupos terroristas islâmicos usam projetos e serviços sociais (escolas, hospitais, beneficência), mídia e editoras (principalmente revisionistas e de propaganda anti-semita e anti-americana), para sustentar e encobertar suas atividades ilegais e especialmente para recolher fundos particulares e até públicos sem levantarem suspeitas.
Quantos são, por exemplo, os descendentes de palestinos, sírios e libaneses no Brasil – principalmente da área de Foz do Iguaçu, São Paulo e Manaus – que doam dinheiro para as atividades legais e benéficas do Hamas ou do Hezbollah? Quanto dos fundos doados ajuda a financiar o terrorismo? Quanto recolhem os salafis para a zakat (o dízimo muçulmano) no Brasil e quanto é redistribuído nas comunidades salafis do mundo inteiro (ou para os militantes takfiri), sem que haja o menor controle da sociedade?
A maioria dos sectários e prosélitos do salafismo mal sabe ler e nunca leu livros, nunca leu o Corão. A prática do "está escrito no Corão" é utilizada à exaustão. Mesmo a maioria dos próprios xeques salafi sabem pouco ou nada das doutrinas islâmicas, senão nem poderiam aderir a um movimento que distorce e manipula a doutrina sagrada e refuta seus exemplos mais elevados. Todos se contentam em seguir e adotar sem questionamento os ensinos e ditados primários que lhes são repassados por ideólogos e líderes sem escrúpulos. O salafismo tira proveito da falta de cultura formal das massas muçulmanas, que foram perdendo suas características culturais, suas tradições, suas estruturas internas e seus princípios sob a pressão do mundo moderno e ocidental, para recriar e impor um islã pretensamente "universal", "purificado" de seus costumes locais e tradições antigas, e portanto adaptável a todas as sociedades, principalmente urbanas.
Os alvos do salafismo não são as comunidades reais, ainda sólidas e estruturadas, mas os indivíduos isolados, produto do desmembramento de suas nações, coletividades, famílias, que buscam sua identidade perdida numa fé sem passado, sem fundamentos reais, sem verdadeiro conteúdo a não ser um fanatismo primário, cego e obtuso. Um dos alvos mais importantes são os convertidos ao islã, aos quais são apresentados os valores salafis distorcidos e não o islã tradicional. Isso vai ficando cada vez melhor documentado quando lembramos dos dois ingleses (convertidos) que atacaram um café cheio de jovens na praia de Tel-Aviv, e dos ataques em Londres, nos quais três terroristas eram jovens muçulmanos na faixa dos 20 anos e um era jamaicano recém convertido ao islã, além de vários outros presos em Guantânamo, incluindo aí um monte de americanos convertidos ao islã. Existe ainda uma última consideração. Paraíso e inferno são eternos, pelo menos até o Dia do Julgamento Final. Ir para um ou para outro por uma interpretação de um verso é algo muito estranho. Mesmo que os suicidas não atinjam nem um nem outro de seus objetivos acabam entrando imediatamente numa eternidade tecnológica, um paraíso virtual, que é a Internet, cheia de páginas com fotos, vídeos e áudios dos suicidas e seus líderes, com canções e poesias feitas em sua homenagem, praticamente sem referência à suas vítimas, que continuam anônimas infiéis...

Publicado em Mídia Judaica Independente

Thursday, February 01, 2007

JESUS CRISTO SEMPRE SERÁ A RESPOSTA.


Por
Rev. João d'Eça
Assim como foi no século passado (XX), assim também é neste início de século, aliás assim foi em todos os séculos passados, o homem buscando respostas para os seus anseios e conflitos da alma. Em meio a um tempo cheio de transformações sociais e tecnológicas, as dificuldades decorrentes, deprime e desestimula o ser humano, em face dele não ver solução para os seus problemas espirituais. O homem se encontra como que num beco sem saida, a procura de paz, de justica e de amor.
O homem está cada vez mais ignorante das coisas de Deus, especialmente, por causa do avanço do secularismo, principalmente oficializado nas escolas, universidades e mídia. Tudo isso leva a humanidade a caminhar tropeçando nos vícios, nas drogas e na pornografia. Num mundo onde cada dia, sabemos que as coisas na área política e social não são na verdade o que parecem, vemos coisas que jamais pensavamos ser possível, pessoas sendo usadas como simples objetos, joguetes nas mãos de pessoas poderosas sedentas de lucro, e, para obter esse lucro, não se importam que vidas sejam ceifadas, que pessoas tenham que morrer, mas que venha o lucro.
Os valores tem sido trocados, as pessoas tem sido estimuladas a viverem a vida do modo mais liberal possível. O pós-modernismo veio para destruir a ética, a moral, os bons costumes, em nome do direito de se ser feliz, em nome do politicamente correto. A filosofia pós-moderna fere a família, a sociedade e a pátria estabelecendo um vazio no coração do homem, identificado por Dostoiewsky "como um vazio do tamanho de Deus".
O pai da Psicanalise, Sigmund Freud, indica de modo equivocado e nocivo, o sexo como solução de todos os males, no entanto, a violência gerada por esse tipo de opção, mostra-nos que estamos revivendo o mais terrível desastre social da história da humanidade, ai somente Jesus Cristo é capaz de recuperar o que foi perdido, começando individualmente e espalhando-se pela sociedade. O homem que foi criado à imagem e semelhança de Deus, afastou-se do "Caminho, da Verdade e da Vida", sofrendo as consequências, aniquilando-se nos atalhos do pecado.
Em redor de nós somente vemos desordem e desorganização social, onde as pessoas são violentadas em seus direitos individuais sem ter quem as defenda, as leis são criadas não para serem cumpridas, mas sim, para serem ridicularizadas, não obedecidas e distorcidas ao bel prazer de quem tem poder e força. A Justiça no nosso tempo pode ser comparada a uma teia de aranha, onde o besouro pequeno e frágil fica todo enroscado, enquanto o besouro forte e poderoso a atravessa de um lado para o outro.
O homem sem Deus, na sua carnalidade, procura botar pra fora toda a sua depravação. Sendo "morto em seus delitos e pecados" (Ef. 2:5), não pode fazer nenhum bem, porque as suas inclinações são somente para o mal. Não adianta tentarmos usar o humanismo para dizer que o homem é bom, porque já ficou provado que sem Deus, esse homem, por mais educado e conhecedor de tecnologias que seja, continua agindo por interesses próprios, seja ele quem for, esteja ele onde estiver. Na era da comunicação o homem não sabe se comunicar com Deus, em tempo de prosperidade não sabe repartir e mata o amor numa competição desumana e desenfreada.
Somente Cristo é a resposta em todas as horas, seja na hora da morte (Salmo 23:4), seja na hora das dificuldades, seja na hora da multidão de problemas, Cristo será sempre a resposta. Nada é mais forte ou mais eficaz que o Amor de Deus. Enquanto a humanidade confusa deposita a sua confiança naquilo que não pode lhes dar segurança, distanciando-se cada vez mais do amor, a proposta do Calvário continua de pé: Somente o Salvador Jesus é capaz de lavar o coração de todos os pecados.
Façamos a vontade de Deus expressa na Bíblia, manter uma vida de amor e comunhão com Ele.